A metodologia de gerenciamento de projeto é aplicada a praticamente todos os setores econômicos, da construção civil à indústria automobilística ou de softwares, por exemplo.
“O que difere é o prazo do ciclo de vida de um projeto”, explica Marco Antonio da Silva, PMO e Agile Coach na OI Internet. A variação é grande: na indústria farmacêutica chega a 20 anos, enquanto na de softwares não passa de seis meses.
No setor da construção, por sua vez, esse tempo está atrelado ao desenvolvimento e execução do empreendimento. O ciclo de vida de um projeto é o conjunto de todas as fases da gestão de projetos, sendo que cada fase inclui um conjunto de resultados específicos, planejados com o objetivo de permitir algum tipo de controle gerencial.
Na construção civil, o ciclo de vida de um projeto começa com a concepção do projeto pelo arquiteto. Nesta primeira fase, são adotados procedimentos básicos como estudo de viabilidade do empreendimento, aprovação de plantas e documentação, bem como validação com o cliente.
O próximo passo é a execução do projeto, com a preparação do espaço para iniciar a construção, contratação de mão de obra, compra de insumos e matéria-prima, e aquisição de equipamentos.
Na terceira fase, têm início as etapas de obras com os trabalhos de fundação, estruturas, alvenaria e revestimentos. Quando o empreendimento é entregue, são feitos os testes de todos os sistemas e sua homologação – iluminação, elétrica, hidráulica, equipamentos. Todas essas etapas influenciam o ciclo de vida de um projeto.
“O projeto caminha para sua conclusão com a etapa de eventuais reparos e ajustes e, por fim, a entrega final e início da operação”, detalha Silva.
A adequada concepção de fases e etapas do ciclo de vida de um projeto possibilita ao gestor ter uma visão mais ampla do trabalho e estipular melhor os prazos de conclusão da obra.
“A ferramenta ajuda o gestor a identificar entraves que podem surgir durante a construção, ajustando os prazos de cada etapa para poder cumprir o que foi estabelecido inicialmente”, alega o especialista.
O papel do gestor de projetos na construção civil vai além da coordenação das fases do projeto. Cabe a ele a responsabilidade de indicar todos os riscos do projeto, inclusive aqueles que podem ocorrer após a entrega.
Em um segundo momento, esse profissional será responsável por colaborar com o planejamento do ciclo de vida de um projeto, além de atuar como coaching de “pessoas pensantes”, menciona Silva.
O gestor deve ter um engenheiro e um mestre de obras que o apoiem, trazer o cliente para perto de si e servir de exemplo para os demais profissionais envolvidos. Somente com a troca de opiniões e conhecimentos de todo esse grupo é que será criado o correto direcionamento da construção.
“Se o gestor der oportunidade para todos participarem do processo ativamente, ele será um profissional de muito sucesso”, ensina, ressaltando que o gestor deve ter pleno conhecimento da área e também ser um questionador.
Esse profissional precisa se manter atualizado sobre os temas voltados ao gerenciamento de projetos. “Estar bem preparado é fundamental para que o gestor assuma o papel de ‘maestro’ de uma grande equipe”, conclui.
Todo projeto nasce para atender a uma demanda, que pode ser tanto a expansão da empresa, da sua carteira de clientes ou do seu portfólio de produtos.
O ciclo de vida de um projeto vai se definir pelo tipo de produto que será entregue. Daí a necessidade de o gestor de projetos entender, em primeiro lugar, qual é o produto final.
“Se minha empresa precisa criar um centro logístico para distribuição de seus produtos, devo saber que isto exigirá a construção de um edifício e conhecer o prazo para que entre em operação. Vou completando com outros dados como a localização, se existe mão de obra na região e qual o tipo de arquitetura ou de tecnologias de engenharia que será utilizado”, exemplifica o especialista, acrescentando que essa é a base para traçar quantas e quais serão as fases do ciclo de vida de um projeto.
Marco Antonio da Silva – Formado em Processamento de Dados e Sistemas da Informação pelas Faculdades Associadas de São Paulo (FASP).
Pós-graduação em Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, MBA em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialização em Business Model Generation pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). É PMO/Agile Coach na OI Internet. Foi PMO na Sky Brasil e na ITBS Solutions.
Redação AECweb / Construmarket
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